domingo, 30 de maio de 2010

Marina afirma que adversários são 'inteiramente parecidos'


A pré-candidata do PV ao Palácio do Planalto, Marina Silva, voltou a admitir a possibilidade de não disputar o segundo turno das eleições. "Numa democracia, no primeiro turno, as pessoas votam no candidato do coração, em quem acreditam, em quem acham que é o melhor para o Brasil", disse em entrevista à rádio BandNews FM, no fim da tarde de ontem.

De acordo com a senadora, no segundo turno as pessoas "se desviam de quem acham que é pior". Ela criticou a polarização da campanha entre os pré-candidatos José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PV). "Esses 12% são uma forte indicação de que o povo brasileiro não vai se conformar com essa tese do plebiscito", disse, referindo-se a porcentagem de votos que tem recebido nas pesquisas eleitorais.

Embora tenha dito respeitar os concorrentes, a pré-candidata verde alfinetou Serra e Dilma ao afirmar que os dois são "inteiramente parecidos" porque defendem um modelo de desenvolvimento "do século 20". "Os que estão falando já ficaram ao menos oito anos no governo."

Marina afirmou que o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) - uma das principais bandeiras de Dilma - não é um programa de infraestrutura. "É um conjunto de obras." Indagada sobre seu posicionamento em relação à construção da usina de Belo Monte, ela se disse a favor da suspensão do leilão até a solução das disputas. "E agora surgiu um outro problema: a viabilidade econômica do próprio projeto", ironizou.

Marina aproveitou para rebater as críticas de que atrasava o licenciamento de obras enquanto esteve à frente do Ministério do Meio Ambiente. "As pessoas confundem a agilidade necessária para fazer os projetos com flexibilizar a forma republicana de se fazer as coisas", analisou. "Ao invés de passar no teste, as pessoas querem mudar o teste. Por isso as coisas não dão certo."

Endireitado Leandro

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